Sou uma menina de fé, vivo pela fé. Digo que quanto mais sabendo, percebo que ainda se tem muito a saber. Mas do que sei sei, porque ouvi, experimentei, cri. E, “Aquele que é não habita a existência como objeto de prova". Como dizem por aí: “espiritualidade é a recusa de que a vida se esgote na sua materialidade”. Eu, porém, não recuso nada, pois sei que vida é algo eterno; não pelo que há de vir, mas pelo que já veio até aqui. Não separo mais espiritualidade de materialidade, visto que o meu físico foi tomado por aquilo que é espiritual e vivo segundo isto; e minha identidade é aquilo que sou no Eterno. As respostas só procurei, porque um dia me foram impostos dogmas contraditórios, e o que acontece com qualquer ser sincero é pegar-se em muitas dúvidas. Assim com fé de que o próprio dono da existência se mostrou e se mostra a cada um na sua individualidade, aprendi que não preciso levantar questões para depois buscar respostas para mim mesma, elas vêm por si mesmas. O que faço é estar aberta a revelação das coisas como são primeiramente para mim e em mim. Me permito ser livre pra experimentar do que for, ainda que aparentemente isso possa desconstruir algum ‘’dogma da fé’’. Mas veja, se isto no qual creio é verdadeiro, não há modo de ser desconstruído. Daí, quanto mais sei, mais creio e crendo, entendo que a fé é absurda, contudo, por ela vivo. Por ela entendo nela descanso, pois a mesma não vem de mim, mas me é dada. Então ela que me alcance, visto que se diz verdade. Creio e quanto mais crendo, mais por ela vivo. Creio porque creio e isso não vem de mim, é dom de Deus.
